A história já tem uns dias e ameaça transformar-se numa novela choramingueira.
Em todas as comemorações do 25 de Abril, sempre a JCP teve oportunidade de indicar quem deveria discursar em nome das juventudes partidárias.
A JS começou por acusar a JCP de ter vetado o nome de Ricardo Araújo Pereira. Rapidamente o PCP se indignou, especificando que, afinal, não era bem assim. Pois não. A JS resolveu que não fazia sentido que apenas a JCP pudesse indicar o nome dos oradores – e propôs um. Nos anos anteriores, sempre houve consenso, pois as restantes estruturas sempre aprovaram os nomes indigitados pela JCP. Mas este ano a história não se repetiu, pelo que a JCP vetou o nome proposto.
Ficamos a saber duas coisas: 1) que a JCP e o PCP mentem descaradamente, quando procuram mascarar o seu veto efectivo (e há outro nome?) com a possibilidade de veto por parte das restantes Jotas partidárias; e que 2) a noção de democracia desta gente é, de facto, muito estranha.
Curiosa forma de comemorar a conquista da liberdade: coarctando-a a outros.