A plataforma de ensino à distância deverá estar concluída em 2015 e ficará disponível ao público em geral.
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O Plano Nacional de Formação Financeira – que reúne, além dos supervisores financeiros e do Ministério da Educação, também várias entidades da sociedade civil – começa finalmente a chegar ao terreno. O projecto arrancou em 2011, mas começa agora a ganhar tracção.
O Referencial de Educação Financeira, ou seja, o programa que será leccionado nas escolas e junto da população mais vulnerável, já foi aprovado pelo Ministério da Educação, e as duas primeiras turmas de professores – 40 professores no total, da região Norte – completaram em Maio a primeira acção formativa. Para este ano está prevista mais uma acção de formação, desta vez na região Centro, e até ao final de 2015 todas as principais regiões do país deverão estar cobertas. Mas porque a falta de literacia financeira não se esgota nos mais jovens, nem tão pouco nas camadas sociais mais vulneráveis, o projecto chegará a prazo a toda a população.
O projecto de criação de uma plataforma de ensino à distância (e-learning) deverá arrancar ainda este ano, e tem conclusão prevista para 2015. Trata-se de uma ferramenta global, dirigida não só a professores e outros agentes de formação financeira, mas também à população em geral. “A plataforma de e-learning é especialmente vocacionada para a formação de adultos, em especial para os que actuam como formadores. A plataforma funcionará também como um instrumento de autoformação de diferentes públicos-alvo”, explicam os supervisores financeiros no seu Relatório de Actividades para 2014.
O documento foi apresentado na sexta-feira, por ocasião da reunião anual do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros com as Comissões de Acompanhamento do Plano Nacional de Formação Financeira, cuja primeira parte foi aberta à comunicação social. Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal, lembrou que “não há estabilidade do sistema financeiro sem literacia financeira”. Um fenómeno que tem no entanto repercussões muito mais vastas: “A literacia financeira é uma fonte de inclusão social”, nota o responsável.
Para já, a prioridade passa por tornar os professores já formados em agentes multiplicadores dessa formação. Também a formação de formadores arranca no próximo dia 18 de Junho. Juntos, estes dois projectos permitirão levar a formação financeira a um público mais vasto, com a prioridade a ser dada às escolas, mas também à população adulta já sinalizada como prioritária.