7 Comments

  1. DA,

    Há uma razão bem simples. Aliás, não se trata de uma razão, mas de um conjunto de razões.

    Sou professor há 14 anos, mas desde há seis que venho trabalhando para poder mudar de profisão. Para dizer a verdade, neste momento já o posso fazer: além da licenciatura em filosofia, tenho um curso técnico de informática e formação muito avançada em Música. Durante muitos anos, aliás, fui professor de música e tenho estudos suficientes para poder enveredar por outra via.

    “Detritus Toxicus” não é, nem pretende ser, um blog pessoal no sentido de haver uma actualização permanente daquilo que se vai passando. É uma espécie de “aerrcadação” ou “caixote do lixo” onde vou depositando detritos que me podem ser úteis em qualquer situação. Por exemplo, em vez de ter um papel com a fórmula de cálculo do tempo de serviço, “despejo” isso no blog. Ou, de vez em quando, uma notícia que me interessa ou, quem sabe, um vídeo de rachmanninnof encontrado no youtube. Por isso, o “detritus” não anda à procura de audiências nem assume uma regularidade editorial, digamos assim.

    Mas porquê tão poucos posts sobre educação? Porque tudo isto me enoja. Enoja-me a ministra; enoja-me o sistema de ensino. Já quis ser professor, mas cada dia é maior o desejo de abandonar a profissão. E como o desejo decresce, também menor é o ritmo de postagens sobre um assunto que me interessa mas que me faz progresivamente mais infeliz.

    Logo, por muito que me interesse por educação, no sentido de estar interessado em que exista uma educação de qualidade sobretudo para aqueles que não podem ter-lhe acesso, por muito que continue apaixonado pelo conhecimento (talvez por ter lido Sagan?), por muito que goste de debater de um ponto de vista -heterodoxo – e nunca ortodoxo ! – todos esses assuntos, vou-me ausentando de um mundo que já foi meu mas que não desejo a ninguém.

    E entretato, continuo a fazer o meu caminho, da educação para outras paragens…

    Cumprimentos.

  2. Neste momento sl, pelo menos metade dos professores deste país devem pensar o mesmo que tu. Eu, apesar de estar farta dos iluminados do ME ainda consigo gostar de dar aulas; se calhar porque nunca deixei de ser professora de música! Mas se pudesse saía já, reformava-me já, só para não ter de aturar a arrogância do trio maravilha e do seu chefe!

  3. Muito sinceramente, gosto tanto de ser professor hoje como quando comecei, em 1996.
    Mas compreendo a sua desilusão.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.