«O Estado Novo, não podendo isolar-se em absoluto das novas exigências, teve de escolher (…). Amparando-se na contraposição entre a “instrução” e a “educação”, aquela como treino do intelecto e esta como formação do carácter, valorizou a função educativa da escola em detrimento da sua finalidade instrutiva. Destinada a incutir a “virtude”, e não a propiciar o treino profissional ou a transmitir conhe¬cimentos úteis, a escola passa a ser concebida mais como instrumento vantajoso de doutrinação do que local de aprendizagem para a vida profissional.»
Medina Carreira, O Estado e a Educação, Cadernos do Público, n.° 7, s/d