Sócrates já avisou: a ligação Porto-Vigo não é prioritária. Mas o Presidente da Xunta da Galiza não deixa a coisa por menos: o Porto tem mais interesse em juntar-se à Galiza (e a Galiza ao Porto) do que ao resto do País. E avançam, eles, com projectos de infra-estruturas para unir aquilo que nunca deveria ter sido separado.
Ora aí está um assunto em que estamos todos de acordo. Nós, os galegos.
Está claro há já muito tempo que o poder central esqueceu o país real, em especial acima do Douro. A Galiza sente exactamente o mesmo por parte de Madrid. Veja-se o exemplo dos fogos florestais do Verão passado. Quem acudiu aos galegos? Os transmontanos e minhotos. Quem os ajudou na maré negra? Os mesmos. Dado que existe muito mais empatia entre nós e os galegos, principalmente em termos culturais, não admira que estes últimos nos procurem, mais do que Lisboa alguma vez fez. Por mim, voltemos a uma Portugália original. Afinal de contas, não me revejo nas práticas/costumes riba/alentejanos: touradas? fado? Não, obrigada.
Galaecia forever
Não sendo eu um separatista, surpreendo-me com a quantidade (enorme!) de pessoas que afirmam a sua simpatia por um outro ordenamento do território, uma outra simpatia pelos nossos amigos galegos…