Guarda, 10 mar (Lusa) – O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, considerou hoje que a publicação do estatuto do estudante estrangeiro “é uma arma fundamental” para atrair novos alunos para as instituições de ensino superior do país.
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“Hoje mesmo, foi publicado o estatuto do estudante estrangeiro, que é uma arma fundamental, também, para atrair estudantes estrangeiros para o país todo”, disse Nuno Crato aos jornalistas, na Guarda, no final de uma reunião com autarcas e dirigentes de instituições de Ensino Superior do interior do país, em participou igualmente o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro.
Segundo Nuno Crato, o estatuto do estudante estrangeiro “cria a possibilidade de as instituições de ensino superior terem uma oferta específica para estudantes estrangeiros, uma quota para estudantes estrangeiros, e cria a possibilidade de as instituições estabelecerem as propinas dessa oferta”.
“Nós temos excelentes instituições de ensino superior e o que estamos aqui a fazer não é mais do que potencializar as suas capacidades, através da atração de estudantes estrangeiros, que é outro fator fundamental”, disse.
O ministro deu o exemplo do Instituto Politécnico de Bragança, onde estuda “um grande número de jovens estrangeiros”, devido “ao grande dinamismo” da instituição.
Nuno Crato também declarou que, na reunião de hoje, encontrou “uma grande sintonia” entre os presidentes das Câmaras Municipais, reitores de universidades e presidentes de institutos politécnicos do interior.
“Há uma grande sintonia quanto ao caminho geral que é preciso seguir para que o interior se desenvolva, também neste aspeto fundamental que é o aspeto do ensino superior”, disse, referindo que foram abordadas duas questões “essenciais” para o ensino superior no interior.
“A primeira é a coordenação que as instituições de ensino superior, as autarquias e as empresas locais têm cada vez mais que estabelecer para que a oferta seja bem adaptada às necessidades locais. (…) E, em segundo lugar, a necessidade de uma coordenação grande entre as próprias instituições de ensino superior, sejam universitárias, sejam politécnicas”, afirmou.
Para captar novos estudantes para os politécnicos, Nuno Crato referiu que um dos caminhos passa pelos “cursos de técnico superior profissional recentemente criados”.
Quando confrontado com a possibilidade de as universidades e politécnicos poderem partilhar cursos e professores, respondeu que “as instituições de ensino superior têm todas” quadros “altamente qualificados”.
“Nós temos, no interior, quadros altamente qualificados. Tanto nas universidades como nos politécnicos, nós temos muita capacidade para crescer. Nós precisamos todos é de aproveitar estas capacidades instaladas e atrair mais estudantes”, assumiu.
No final da reunião, o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, mostrou-se satisfeito com as medidas anunciadas, considerando que, “felizmente”, as questões do interior “já são assumidas como uma grande causa nacional”.
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