Na actualidade muita gente acredita erradamente que os seres humanos podem com facilidade separados em raças biologicamente diferentes. O que não é surpreender dado muitos teóricos terem feito numerosas tentativas para classificar a população mundial por raças. Alguns autores distinguiram quatro ou cinco raças principais, enquanto outros reconheceram nada menos que três dúzias. Contudo, foram encontradas demasiadas excepções nestas classificações para que fossem consideradas válidas.
Pressupõe-se, por exemplo, que o «negróide», uma tipologia usada com muita frequência, seja composto por pessoas com pele escura e cabelo encarapinhado, para além outras características fisicas. Contudo, os primeiros habitantes da Austrália, os aborígenes, têm pele escura, mas cabelo ondulado e, por vezes, loiro. Pode encontrar-se uma série exemplos que desafiam qualquer classificação simples. Não há, para sermos rigorosos, raças, mas apenas uma gama de variações fisicas de seres humanos. As diferenças de tipo físico dos grupos de seres humanos resultam da procriação da população, a qual varia de acordo c o grau de contacto entre diferentes grupos sociais e culturais. Os grupos populacionais humanos não são distintos, formam um continuum. A diversidade genética dentro de uma mesma população que partilhe óbvios traços fisicos é tão grande como a diversidade entre populações. Estes factos levam muitos biólogos, antropólogos e sociólogos a concluir que o conceito de raça devia ser completamente posto de lado.